quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TUCKER TORPEDO

O sonho de Preston

O engenheiro Tucker queria construir um automóvel
potente, seguro e avançado, à frente de seu tempo

Texto: Francis Castaings
Um engenheiro visionário e ingênuo ou um homem de negócios mal sucedido?
Preston T. Tucker nasceu em Capac, no estado de Michigan, nos Estados Unidos em 21 de setembro de 1903. Começou a trabalhar como contínuo na sede da Cadillac Motor Company. Sua audácia natural ele colocou em prática na polícia que atuava nos arredores de Detroit. Depois de casado, aceitou o cargo de vendedor numa concessionária de Memphis, no Tenessee, chamada Mitchell Dulian. Vinte anos mais tarde, o mesmo Dulian seria diretor comercial da Tucker Corporation.

Carroceria de plástico ou alumínio e teto de vidro compunham o projeto original, mas foram logo descartados

Em 1933 já era diretor comercial da Pierce-Arrow e, mais tarde, proprietário de uma concessonária Packard em Indianápolis. Nesses anos todos nunca deixou de elaborar seus planos industriais. Em 1940 fundou em Ypsilanti, Michigan, a Tucker Aviation Corporation, que fabricava tanques, aviões e canhões para a Segunda Guerra Mundial. Com o final do conflito em 1945, ele realizou seu grande sonho: construir um automóvel seguro, rápido, baixo, longo, aerodinâmico. Nascia o projeto do Tucker Torpedo.
Originalmente o teto seria de vidro, a carroceria de plástico ou alumínio e o chassi de aço tubular. O motor de 150 cv, colocado transversalmente na parte traseira, seria capaz de levar o carro a 210 km/h. A transmissão seria por conversores de torque.
Depois de 15 anos idealizando, Tucker construiu o Torpedo: obsessão por segurança
Continuando a revolução, um motor hidráulico acionaria os limpadores de pára-brisa e os vidros, e os pára-lamas dianteiros se moveriam com as rodas para que os faróis iluminassem a parte interna das curvas. Os faróis teriam tampas comandadas por células fotoelétricas, para fecharem de dia e abrirem à noite. Dizem que Tucker trabalhou e idealizou este automóvel por 15 anos.
A idéia dos pára-lamas móveis foi abandonada e o projeto final deu origem a um enorme sedã de quatro portas com carroceria fastback. Tucker era obcecado por segurança. O carro tinha maçanetas recuados para dentro das portas, o espelho interno era de plástico flexível e estava colocado num suporte pouco resistente e o interior era todo acolchoado. O pára-brisa ficava encaixado sobre uma espuma de borracha, de modo a ser projetado para fora quando uma pressão de 6,8 atmosferas fosse aplicada sobre ele pela parte de dentro.

O farol central movia-se para iluminar o caminho nas curvas. Atrás, a grade de
refrigeração do motor de 9,6 litros, depois substituído por um de helicóptero
Os cintos de segurança foram testados e discutidos. Os executivos do departamento de vendas disseram que, se eles fossem acessórios originais, poderiam sugerir que o carro era perigoso. Tucker não gostou nem um pouco, mas aderiu à idéia a contragosto.
Ainda como excentricidade, o velocímetro ficaria sobre o capô do motor. Esta idéia foi abandonada, pois o interior do carro estava muito simples -- e, sempre que se abria o capô, alguns metros de fio do cabo de velocímetro vinham junto.
O motor que estava sendo desenvolvido era um seis-cilindros horizontais de 9,6 litros. Tinha bloco de alumínio fundido e um mecanismo hidráulico para as válvulas. Os cilindros eram alimentados por injeção de gasolina. Com uma taxa de compressão de 6:1, o motor rendia uma potência de 150 cv, ideal para a transmissão por conversor de torque. Atingia 80 km/h com apenas 500 rpm. Foi concebido para ter altíssima durabilidade.

As primeiras unidades revelaram excelente desempenho, com máxima de 190
km/h, mas a transmissão por conversores de torque não permitia dar ré
Todas estas inovações custavam muito dinheiro, e este começou a faltar. Mas o carro foi apresentado a 5.000 pessoas em 19 de julho de 1947. Era um modelo marrom, com suspensão independente, freios a disco e capaz de atingir 210 km/h.
As encomendas chegaram a 300.000 unidades. Foram levantados ao todo 28 milhões de dólares para garantir o projeto. Os testes nas rodovias começaram e o desempenho realmente era muito bom, pois os carros de polícia mais velozes da época comiam poeira. Na pista oval de Indianápolis o Torpedo entrava nas curvas a 170 km/h e atingia perto de 190 km/h nas retas. Fazia de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Espantoso para a época.
Havia um problema: ele realmente andava muito bem, mas só para a frente. A transmissão por conversor de torque não permitia ao carro de 4,9 metros dar marcha a ré. O motor também tinha problemas de partida, pois as válvulas ficavam fechadas até a pressão de óleo aumentar.


Interior menos agressivo em colisões visava a segurança. O velocímetro quase foi montado no capô. O segundo motor, de 5,8 litros, desenvolvia os mesmos 150 cv do primeiro
Tucker foi obrigado a optar por outro motor e outra transmissão. O novo era de um helicóptero Bell, de 5,8 litros, seis cilindros horizontais e também 150 cv. Tinha refrigeração a ar, que logo foi transformada para água pelo fato do consumidor americano não estar acostumado com este recurso. Também foi adotada uma transmissão manual de quatro marchas, usada no Cord de antes da Segunda Guerra.
Tudo isso alterou o projeto original e elevou muito os custos. Em 1949 Preston Tucker pediu ajuda ao governo americano para salvar sua fábrica e seu sonho, pois os problemas financeiros eram enormes. Em 3 de março daquele ano a fábrica fechou suas portas. Dentro, apenas 49 carros construídos de forma artesanal e o protótipo original.

O sonho de Tucker acabou em 1949, com o fechamento da fábrica. Seis anos depois morreria o criador de um mito da indústria norte-americana

Foi processado por fraudar acionistas e concessionários. Embora julgado inocente, o carro já havia conquistado fama de fraude e tudo na fábrica foi vendido. Tentou construir no Brasil um carro econômico com desenho esportivo, que seria chamado de Carioca, com soluções já testadas no Torpedo.Um Tucker andou em exibição nas ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1947, como maneira de angariar acionistas. Mas não conseguiu financiamento e o projeto não saiu do papel. Preston Tucker morreu de câncer em 1955, no Rio de Janeiro, justamente quando tentava levar adiante seu projeto. Deixou à posteridade seu monumento.


Nas telas

Francis Ford Coppola imortalizou Preston e sua máquina no filme "Tucker, um homem e seu sonho". O ator Jeff Bridges interpretou Preston com grande desenvoltura. Foram reunidos 22 dos 46 Tuckers que ainda rodam nos EUA. A fábrica foi muito bem reconstituída, usando-se uma antiga fábrica da Ford na Califórnia. Uma réplica em madeira e outras em fibra de vidro também participaram das filmagens. Até um Studebaker 51 foi "maquiado" numa das cenas para parecer um autêntico Torpedo. O próprio cineasta emprestou ao filme dois exemplares particulares.

Em escala
O fabricante Dinky Toys oferece em sua linha "Collectibles" o lendário Tucker na escala 1:43 e cor verde. O acabamento da miniatura é muito bom.

fonte: 
http://www2.uol.com.br/bestcars/classicos/tucker-1.htm


  





            Esta história é interessante para vermos como um país consegue acabar com pessoas brilhantes fraudando documentos e destruindo grandes projetos. Tudo isso envolvido em interesses financeiros, protegendo poderosos industriais e ajudando-os a continuar vendendo suas tecnologias ultrapassadas interrompendo um boom tecnológico que se iniciaria na indústria automobilística norte-americana. norte-americana.
            Impedindo que uma nova tecnologia fosse colocada no mercado, as indústrias da época podiam continuar vendendo seus automóveis sem se preocuparem em alterar suas fábricas e processos de fabricação. Afinal de contas, quem comprasse um automóvel sem os avanços tecnológicos, alguns anos depois iria querer comprar outro de melhor tecnologia. Assim, a indústria venderia automóveis a uma mesma pessoa duas, três ou até mesmo quatro vezes no decorrer de uma década. Quanto mais vezes fossem divididos os avanços tecnológicos, mais automóveis seriam vendidos no total. É como fazem hoje os fabricantes de celulares: começaram fabricando modelos grandes sendo que, dentro deles, haviam espaços vazios e os celulares podiam ter seu tamanho reduzido. Depois, lançam celulares menores, porém com menos recursos que os grandes. Os compradores só vão descobrir isso depois que já adquiriram os novos aparelhos. Então, depois de mais um certo tempo, um novo modelo é lançado, também pequeno e com os mesmos recursos da primeira linha de celulares grandes. Então, as pessoas adquirem, mais uma vez, o novo modelo. Após isso, são lançados modelos menores ainda (ou mais leves, ou com mais recursos) e todo esse ciclo processual começa novamente. Tente lembrar de quantos celulares você já comprou até hoje e veja como o mercado domina todos nós.
            Este mesmo processo de lançamentos sucessórios de produtos cada vez menores e com mais recursos está acontecendo com o nosso sonho de consumo: as máquinas fotográficas digitais. Verifique que os modelos com mais recursos são maiores que os demais, exatamente para, quando lançarem novas câmeras fotográficas digitais com os mesmos recursos, porém menores, haver uma nova onda de vendas.
            Mas, vamos voltar ao assunto da indústria automobilística norte-americana e ver como uma pessoa pode ser tão massacrada num país simplesmente por ser um excelente inventor e ter uma mente brilhante. Esta é a história de Preston Tucker.

Preston Tucker e seu revolucionário Tucker Torpedo
 
A carreira de Preston Tucker
            Preston Tucker nasceu em Capac, no estado de Michigan, nos Estados Unidos em 21 de setembro de 1903 e teve o seu primeiro emprego como office-boy na sede da Cadillac Motor Company.
Depois de casado, trabalhou como vendedor numa concessionária de Memphis, no Tenessee, chamada Mitchell Dulian. Vinte anos mais tarde, o dono dessa concessionária passaria a ser o diretor comercial da Tucker Corporation.
            Em 1933, Preston Tucker já era diretor comercial da Pierce-Arrow. Pouco tempo depois, já era proprietário de uma concessionária Packard em Indianápolis. Durante toda sua vida, Tucker sempre elaborou planos industriais.
            Em 1940, inaugurou em Ypsilanti, Michigan, a Tucker Aviation Corporation, indústria que fabricava aviões, tanques e canhões para a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, em 1945, ele destinou seu dom industrial ao seu grande sonho: construir um automóvel que fosse seguro, rápido, baixo, comprido e com boa aerodinâmica. Nascia o projeto Tucker Torpedo, um carro que estava anos à frente da concorrência em matéria de engenharia, velocidade, com estilo futurista, além de ser extremamente seguro. Em quinze anos de projeto, o carro recebeu diversas inovações como o design aerodinâmico desenvolvido pela indústria da aviação, além de apresentar uma segurança muito avançada para a época com cintos de segurança e compartimento deformável dos passageiros. O pára-brisas do Tucker Torpedo também recebeu uma atenção especial: ficava encaixado sobre uma espuma de borracha, fazendo com que ele saltasse para fora do carro em caso de colisão. Este carro também possui um farol central que vira acompanhando a direção do volante para iluminar nas curvas.
            Para se ter idéia de como Tucker se preocupava com a segurança dos passageiros, as maçanetas internas do veículo ficavam para dentro das portas para evitar que seus ocupantes se machucassem em caso de acidente. O interior do carro era todo acolchoado, inclusive o painel; e, o retrovisor interno, era de plástico flexível.
            Tucker Torpedo também tinha um sistema de suspensão independente, freios a disco nas quatro rodas e era um carro com motor de 6 cilindros horizontais de 5,8 litro (9,6 litros na primeira versão), o mesmo usado no helicóptero Bell, dotado de uma potência de 150cv, capaz de atingir 190 km/h. Os cilindros do Torpedo, em 1947, já eram alimentados por injeção de gasolina! Enfim, o Tucker Torpedo seria o carro dos sonhos de todos os americanos, por um preço que grande parte deles poderia pagar: apenas US$ 2.450,00.

O belo e potente Tucker Torpedo com um terceiro farol na frente que inclina junto com o volante para iluminar nas curvas
            Após a divulgação do seu projeto, Preston Tucker conseguiu encomendas de 300 mil unidades de pessoas que queriam possuir o "carro dos sonhos". Com isto, conseguiu atrair 28 milhões de dólares através do mercado de ações dos Estados Unidos para iniciar o seu projeto, que foi colocado em prática numa antiga fábrica de aviões alugada em Chicago, onde chegaram a ser construídas algumas unidades do carro.
            Por ter um projeto totalmente inovador e que poderia abalar as montadoras norte-americanas, algumas pessoas afirmam que as grandes montadoras da época, juntamente com o próprio governo norte-americano, fizeram uma grande conspiração contra Tucker com um marketing negativo agressivo e expansivo de ataque ao industrial com calúnias, processos e fraudes em seus projetos e balanços que colocaram Tucker como um dos maiores fraudadores do país, como se tivesse enganado acionistas e concessionários, sendo comparado até mesmo a Al Capone.
            Tentaram condenar Tucker com uma pena que poderia variar de 20 a 155 anos de prisão. Mas, com habilidade de mostrar como o país estava sendo injusto com ele, Tucker conseguiu ser absolvido do processo. Mesmo assim, sua fábrica já havia sido fechada pelo poder norte-americano e o carro já havia conquistado fama de fraude, o que culminou no fim do seu sonho nos Estados Unidos, em 1949.
            Apenas 51 unidades do Tucker Torpedo chegaram a ser construídas. Destas, 47 ainda existem com colecionadores
            No filme Tucker - Um Homem e Seu Sonho, de Francis Ford Coppola, (assista o filme!) após toda a conturbação, Tucker decidira projetar uma mini-geladeira para pobres com espaço para colocar apenas alguns litros de leite. Mas, na vida real, ele tentou construir, no Brasil, o Carioca, um carro econômico, com desenho esportivo e com inovações já testadas no Torpedo.
            Um Tucker Torpedo chegou a desfilar nas ruas do Rio de Janeiro e São Paulo para tentar conseguir acionistas. Mas, com a dificuldade de se encontrar investidores, seu projeto não saiu do papel. Preston Tucker, o criador de um mito da indústria automobilística, morreu de câncer, em 1956, no Rio de Janeiro. Como os Estados Unidos não tinham interesse que Tucker construísse automóveis, estando o fato bem evidente no filme, penso que a morte de Tucker não tenha sido natural, e sim planejada.

Em 1949, o lendário Tucker Torpedo chegava a 190 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em apenas 10 segundos
            Infelizmente, o mundo perdeu, na década de 40, uma revolução automobilística que ocorreria com o Tucker Torpedo, um carro que, nos testes realizados na pista oval de Indianápolis, entrava nas curvas a 170 km/h e atingia cerca de 190 km/h nas retas. Também fazia de 0 a 100 km/h em apenas 10 segundos, impressionante para a época. Atualmente, são vendidas réplicas do Tucker nos EUA por cerca de US$ 150 mil.
            Para se ter idéia de como os avanços tecnológicos criados por Tucker ficaram parados no tempo, somente agora, mais de meio século depois, a Mercedes-Benz resolveu relançar a idéia de Tucker nos seus carros, instalando faróis que viram de acordo o volante do veículo, para iluminar melhor as curvas. Uma matéria a respeito pode ser lida no endereço www.mecanicaonline.com.br/2002/agosto/tecnovidade/farois_giratorios.html.
            Saiba mais sobre o Tucker Torpedo ou Tucker 48 (como também era chamado, devido ao ano de seu lançamento) acessando o site do Clube do Tucker no endereço www.tuckerclub.org; conheça mais detalhes da história do lendário Tucker acessando o endereço www.tuckerclub.org/tuckfaq.html; e veja as fotos e onde está cada automóvel Tucker Torpedo ainda existente visitando o endereço www.tuckerclub.org/tuckcars.html.


 fonte:
http://www.afraudedoseculo.com.br/tucker.htm

ESSE SERIA O PROJETO QUE TUCKER TENTOU FAZER NO BRASIL 



FOTO DO TUCKER n° 1035 CONHECIDO COMO "CARIOCA" NO RIO DE JANEIRO
 
 FOTO DO TUCKER 1035 NO MUSEU ROBERTO LEE EM CAÇAPAVA
é de chorar.....

Filme


ILHA DE LIXO - plastic Vortex



UMA ILHA DE LIXO


            Eu não sei quantos de vocês já ouviram falar disso.
O fato é lamentável. Faz tempo que quero falar algo aqui a respeito, mas não tive tempo de pesquisar para escrever algo mais palpável sobre o assunto.

Resolvi então colar essa reportagem do fantástico,

Existe uma ilha de lixo próximo ao Japão. Esse lixo acumulou-se ali por que as correntes marítimas se encontram ali. Então um indivíduo espertão jogou uma latinha de coca-cola no caribe e tempos depois essa latinha encontra suas 'primas' lá na Pacific Vortex como é chamada a ilha de lixo do oceano pacífico.

Aquela garrafinha que você joga na rua pela janela do seu carro, ela é levada pela chuva ao bueiro, ao córrego, ao rio e finalmente ao mar; Do mar ela vai encontrar o seu caminho para juntar-se à Pacific Vortex.

Leia essa reportagem, vejam algumas imagens e me diga se 'não tem nada a ver' mesmo.
Faça a sua parte, cada um fazendo a sua podemos chegar à um lugar melhor para os nossos filhos e netos.



***
Lixão se forma no meio do Oceano Pacífico
Entre o litoral da Califórnia e o Havaí, uma área enorme ganhou um triste apelido: o Lixão do Pacífico. Levadas pela corrente marítima, toneladas e toneladas de sujeira, produzidas pelo homem, se acumulam num lugar que já foi um paraíso.

Um oceano de plástico, uma sopa intragável, de tamanho incerto e aproximadamente 1,6 mil quilômetros da costa entre a Califórnia e o Havaí e que, segundo estimativas, seria maior do que a soma de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.

É o Pacífico, o maior dos oceanos, agredido pela humanidade onde a humanidade raramente chega. Há plástico e plâncton, lixo e alimento, tudo misturado. Poluindo o paraíso, confundindo as aves, criando anomalias - como a tartaruga que cresceu com um anel de plástico em volta do casco - e matando os moradores do mar.

Mas qual será afinal o tamanho exato gigantesca massa de lixo que se acumula no Oceano Pacifico? Será que a gente ainda tem tempo para limpar tudo isso? E os animais? Se adaptam ou sofrem as consequências?

Charles Moore viajava pelo Pacífico, entre o Havaí e a Califórnia, quando resolveu arriscar um novo caminho. "Foi perturbador. Dia após dia não víamos uma única área onde não houvesse lixo. E tão distantes do continente”, lembra o capitão.

Como um descobridor nos tempos das Navegações, Charles Moore foi o primeiro a detectar a massa de lixo. E batizou o lugar de Lixão do Pacífico. Primeiro, viu pedaços grandes de plástico, muitos deles transformados em casa para os mariscos. Depois, quando aprofundou a pesquisa, o capitão descobriu que as águas-vivas estavam se enrolando em nylon e engolindo pedaços de plástico. O albatroz tinha um emaranhado de fios dentro do corpo.

"Antes não havia plástico no mar, tudo era comida. Então os animais aprenderam a comer qualquer coisa que encontram pela frente. Você pode ver que eles tentaram comer isso [pedaço de embalagem]. Mas não conseguiram", diz o capitão.

Com a peneira na popa, o capitão e sua equipe filtram a sopa de plástico e fazem medições. Já descobriram, por exemplo, que 27% do lixo vem de sacolas de supermercado. Em uma análise feita com 670 peixes, encontraram quase 1,4 mil fragmentos de plástico.

São informações valiosas, fonte de pesquisa e argumentos para a grande denúncia de Charles Moore: "Gostaria que o mundo inteiro percebesse que o tipo de vida que estamos levando, isso de jogar tudo fora, usar tantos produtos descartáveis, está nos matando. Temos que mudar, se quisermos sobreviver."

Um gesto despreocupado, uma simples garrafa de plástico esquecida em uma praia da Califórnia. Muitas vezes ela é devolvida pelas ondas e recolhida pelos garis. Mas grande parte do material plástico que é produzido nessa região acaba embarcando em uma longa e triste viagem pelo Oceano Pacifico.

Pode ser também depois de uma tempestade. O plástico jogado nas ruas é varrido pela chuva, entra nas galerias fluviais das cidades e chega até o mar; ou vem de rios poluídos que desembocam no oceano.

No caminho, os dejetos do continente se juntam ao lixo das embarcações e viajam até uma região conhecida como o Giro do Pacífico Norte. Diversas correntes marítimas que passam às margens da Ásia e da América do Norte acabam formando um enorme redemoinho feito de água, vida marinha e plástico.

Mas, outra vez uma tempestade, um vento forte, talvez, e parte do lixo viaja para fora da sopa, até uma praia distante.

Estamos numa praia linda e deserta de uma região praticamente desabitada do Havaí. Não era para ser um paraíso ecológico? Mas Kamilo Beach recebe tantos dejetos marítimos que acabou virando um lixão a céu aberto. Basta procurar um pouquinho para entender a origem de todo o plástico que chega até a praia. Em uma embalagem, caracteres chineses. Uma bóia de pescadores provavelmente veio do Japão. Um pouco mais adiante, há o pedaço de um tanque de plástico com ideogramas coreanos.

E olha que Kamilo Beach está mais de 1 mil quilômetros distante do Lixão do Pacífico, no extremo sudoeste da ilha de Hilo, no Havaí. Kamilo Beach dificilmente vê um gari. O plástico que chega lentamente pelo mar vai ficando esquecido no paraíso.

Há dois anos, depois que se mudaram para cá, Dean Otsuki e Suzanne Frazer resolveram fazer de Kamilo um alerta planetário. Suzanne pergunta: "Será que o governo japonês, por exemplo, sabe quanto plástico o Japão está mandando para o Havaí?"

Dean vem trazendo um galão que, sem dúvida, chegou da Ásia. Tem também tubo de shampoo usado nos Estados Unidos e sacos de plástico sabe-se lá de onde. Agora, são todos farrapos do mar. As mordidas impressas no plástico levaram os ambientalistas a mudar de alimentação.

"O que acontece é que as toxinas estão se acumulando ao longo da cadeia alimentar. Os predadores no topo da cadeia, que somos nós, estamos comendo plástico também", alerta Suzanne Frazer.

O casal toma notas, calcula as quantidades, recolhe o equipamento de pesca para saber os pesos e as medidas de cada tipo de poluição. Não é pessimismo. Por enquanto, praticamente nada está sendo feito e não dá para dizer que existe um ou outro culpado. Estamos todos com as mãos completamente sujas de plástico.

Maldivas têm ilha só de lixo

Haveria depósito de lixo em cinco régios dos oceanos. Nas Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, uma nova ilha está sendo criada. É uma ilha de lixo. Em pouco menos de duas décadas, a ilha já tem 50 mil metros quadrados e abriga indústrias e depósitos. Caminhões chegam em barcos o tempo todo.

O lixo orgânico é queimado na hora. Garrafas de plástico e pedaços de metal são separados e exportados para Índia, onde são reciclados. O resto forma a base do território que avança sobre o oceano.

O nativos das Maldivas se recusam a fazer esse tipo de trabalho. Eles ganham mais se passarem o dia inteiro na praia, só pescando. Por isso, os trabalhadores do lixão são 150 imigrantes de Bangladesh, que aceitam trabalhar ganhando o equivalente a US$ 60 e US$ 100 por mês.

A maior parte do lixo vem da capital, Malé, que concentra 100 mil habitantes, um terço da população do país. Mas os 10 mil turistas que visitam as ilhas por dia provocaram uma explosão na produção de lixo e a criação da ilha das Maldivas que ninguém quer visitar.


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Fonte: FANTÁSTICO

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Nesse link há mais informações sobre o que está sendo feito e as dificuldades de resolver.
 32°57'41.24"N
133°41'43.76"O

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FAIL TATOO


Fotos- As Tatuagens mais idiotas




Muito cuidado ao fazer uma tatuagem, pois você irá levar ela em seu corpo pelo resto da vida.





Pé animado

Tatuagem Nerd
Ficou igualzinho a foto


Pelas estrias vemos que a serra funciona

Quanta criatividade

2 Faces e duas carecas

Você ainda está Pensando em fazer uma Tatuagem????

seguem algumas outras propostas hehe

A medida do homem


Um unicórnio com um golfinho ??? WTF ??

Esse site ofereceu 10.000 USD pra quem fizesse essa tatoo na testa, a besta abaixo aceitou e disse que " faria qualquer coisa pelos filhos" e que com o dinheiro poderia pagar pela faculdade dele...OBS: com esse dinheiro ela não paga nem 2 meses de faculdade nos EUA...

Essa nasceu com os dedos grudados e com senso de humor...

Female Jesus ?


essa ta lá no começo....

lembra dessa idiota?deu muito comentario na época....agora ela deve tar participando de algum reality show no maximo rsrsrs
O pessoal da segurança de aeroportos, bancos etc vai adorar essa aqui...

Problemas com química ? Faça uma cola permanente !

Tatoo do lobo-mau...lobo mau-feito...





Outro lobo-mau-feito...
Que nem que nem....

Parece que um menino de 6 anos que fez essa tatoo...


Tá quuuase igual...

Série: Transforme seus entes queridos em monstros....







SEXY????
"Ladies Love it"...é, acho que a mulherada deve ficar louca com esse bigodim de tatoo...

Hello Kitty é o meu Jesus!lembrando da ultima postagem....o que leva uma pessoa a fazer isso !?

FREAKenstein...
Uma verdadeira tradégia !


Falando em mal-gosto....

Alguém tem alguma idéia do que seria isso?


DeSepção é um tatuador analfabeto...

SÓ LOUCO MESMO HAUHAUAHUAHA
CORINTHIAS??????
 
AGORA A MELHOR NA MINHA OPINIÃO NÃO É NEM UMA TATOO MAS UM DIA FAÇO ESSA HEHE!!!!